Aconteceu nos meus vinte e poucos anos:
Eu a esperava dentro do carro, de motor ligado e de olho no relógio.
Ela, então, chegou: seu perfume entrou primeiro, seguido pela silhueta do vestido bem apanhado. Voltei-me ao seu rosto tão familiar, que me recebeu com um beijo, e esqueci da hora por um momento.
Ela bateu sua porta a seguir, mas a tranca não fechava bem; com a impaciência da espera, fiz recomendações fúteis, falei de episódios passados…
Ela então fechou bem a porta, sem nada dizer; saímos com pressa, e eu não sei como ela estava.
....Anos mais tarde, eu aprenderia que n-amor-ar significa "inspirar amor em alguém”; ao ouvir esse conceito, voltei à lembrança do antigo namoro e simplesmente refiz o evento na minha mente. A nova versão ficou assim:
Espero-a no carro, mas dessa vez, desligo o motor. Ela passa da hora, e eu passo a fazer outra coisa: encontro um velho livro de piadas no porta-luvas e me divirto sozinho.
Lembro que podemos chegar mais tarde; ela então chega, bela como sempre - e por mais uma noite, bela de maneira diferente.
Em meio à alegria de vê-la entrar, adianto-me e puxo sua porta, que fecha ao seu lado. Ela então me agradece, surpresa com a gentileza; eu respondo com um sorriso no olhar, e ela, com um beijo.
Ligo o carro e saímos, enquanto eu conto uma piada ruim que acabei de ler.
A comunicação assertiva no amor
“O bom comunicador tem a habilidade de apresentar à pessoa amada - de forma delicada, tranquilizadora e oportuna, sem fúria nem melodramas - algumas áreas muito problemáticas da própria personalidade e alertá-la para o que existe ali, como um guia turístico numa zona de perigo.”
In.: Relacionamentos - The School of life (Ed. Sextante, 2018, p.71).
Como foi a newsletter de hoje? Achei que essa edição ficou romântica :)