“Quando Abraham Lincoln tornou-se presidente dos Estados Unidos…
Seu pai fora sapateiro, e todo o Senado sentiu-se um pouco envergonhado de ter o filho de um sapateiro governando as pessoas pessoas mais ricas, as pessoas da classe alta, que se achavam superiores porque tinham mais dinheiro, porque pertenciam a famílias famosas de longa data. Todos no Senado estavam, de alguma forma, constrangidos, com raiva, irritados, ninguém se sentia feliz com o fato de Lincoln ter se tornado o presidente.
Um homem, que era arrogante, burguês, levantou-se antes que Lincoln fizesse seu primeiro discurso, o discurso inaugural para o Senado, e disse:
— Sr. Lincoln, antes de começar, eu gostaria de lembrá-lo de que o senhor é filho de um sapateiro.
E todo o Senado deu risada. Eles queriam humilhar Lincoln; não podiam derrotá-lo, mas podiam humilhá-lo. Mas era difícil humilhar um homem como Lincoln.
Lincoln disse ao homem:
— Fico muito grato que tenha me lembrado do meu pai, que está morto. Vou sempre me lembrar do seu conselho. Sei que não poderei jamais ser um presidente tão grande quanto o sapateiro que meu pai foi.
Houve um silêncio total no salão (…)”
Osho - O livro do ego: liberte-se da ilusão (p.58-59)
Dica de comunicação
É inevitável ser criticada/o, seja em público ou secretamente, com ou sem razão, com ou sem a nossa permissão, com ou sem boa intenção... Mas como lidamos com essas avaliações externas? Estas são as reações mais comuns:
1) Defender-se;
2) Revidar;
3) Engolir;
4) Ignorar;
5) Fazer perguntas;
6) Assumir, honrar, enfatizar e/ou até agradecer o que foi dito*.
*Essa foi a opção de Lincoln - com muita sagacidade, é claro.
Nessa dinâmica, existe também o nosso diálogo interno. Podemos ficar irados, envergonhados ou culpados com uma crítica; quando uma delas me incomoda demais, pergunto-me honestamente: “por que eu me ofendo tanto com isso?”. Essa simples pergunta já me trouxe muitos insights e resoluções.