A partir de hoje, nossa news terá edições com duas versões: a versão breve (em uma ou duas frases) e a versão estendida (em um ou mais parágrafos) :) Veja como ficou:
VERSÃO BREVE DA NEWSLETTER DE HOJE:
Interromper pessoas que estão no falando algo de forma prolixa ou desinteressante poderá ser muito útil quando o motivo for se conectar melhor a elas e ao que elas estão tentando nos dizer; apenas quando a intenção é dominar a conversa e silenciar o outro que essa atitude acaba sendo percebida como agressiva.
VERSÃO ESTENDIDA:
Todos nós já nos vimos no meio de conversas mornas. Talvez estejamos num evento social, ouvindo as palavras sem sentir nenhuma conexão com quem fala. Ou talvez estejamos escutando alguém que desperta em nossos ouvidos o medo de uma conversa interminável.
A vitalidade se esvai da conversa quando perdemos a conexão com os sentimentos e necessidades que ocasionaram as palavras de quem fala, e com as solicitações associadas a essas necessidades. Isso é comum quando as pessoas conversam sem ter consciência do que estão sentindo, necessitando ou pedindo.
Como e quando interromper uma conversa morta e trazê-la de volta à vida? Sugiro que o melhor momento para interromper é quando ouvimos uma palavra a mais do que desejaríamos. Quanto mais esperamos, mais difícil fica ser educado quando decidimos intervir. Nossa intenção ao interromper não é dominar a conversa, mas ajudar quem fala a se conectar com a energia vital por trás das palavras que estão sendo ditas.
Fazemos isso sintonizando os possíveis sentimentos e necessidades. (…) Outro modo de trazer uma conversa de volta à vida é expressar abertamente nosso desejo de nos conectarmos mais profundamente com nosso interlocutor e pedir informações que nos ajudem a estabelecer essa conexão.
Uma vez realizei uma pesquisa informal, colocando a seguinte questão: “Se você está usando mais palavras do que alguém deseja ouvir, você prefere que essa pessoa finja estar escutando ou que o interrompa?” Das muitas pessoas a quem perguntei isso, quase todas expressaram sua preferência por serem interrompidas. Suas respostas me deram coragem, ao me convencerem de que é um sinal de maior consideração interromper as pessoas do que fingir escutá-las.”
Marshall Rosenberg - Comunicação Não-Violenta (p.170-171)
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