Aconselhar vs. ajudar
Quando a gente ouve a dor de alguém e responde àquilo apressadamente com um consolo ou conselho, interrompemos o fluxo que levaria ao ponto central da questão: a necessidade não atendida de quem fala.
Por exemplo: se a pessoa diz "tô com fome" e eu respondo "você devia cozinhar mais", ela provavelmente vai resistir à minha fala. Não é que a dica seja ruim; ela só é inadequada para o contexto, afinal a pessoa está com fome e não com dúvida sobre sua frequência à beira do fogão.
Atentar genuinamente para a necessidade do outro na conversa, com um “você quer pedir comida hoje?”, por exemplo, atende melhor quem falou e também ajuda a estabelecer a confiança necessária para possíveis conselhos no futuro.