Julgar-se é levar-se a sério demais. O simples não se questiona tanto assim sobre si mesmo. (…) Ele não se aceita nem se recusa. Não se interroga, não se contempla, não se louva nem se despreza; ele é o que é, simplesmente (…).
A simplicidade é o contrário da complexidade, da pretensão. Por isso é tão difícil. (…) Simplicidade não é inconsciência, simplicidade não é tolice; o espírito simples não é um simples de espírito!
A simplicidade é espontaneidade, improvisação alegre, desinteresse, desprendimento (…) Daí essa impressão de liberdade, de leveza (…). Tudo é simples para Deus; tudo é divino para os simples.
A simplicidade é esquecimento de si, de seu orgulho e de seu medo: é quietude contra inquietude, alegria contra preocupação, ligeireza contra seriedade, espontaneidade contra reflexão, amor contra amor-próprio, verdade contra pretensão.
- André Comte-Sponville. In.: Pequeno Tratado das Grandes Virtudes p.163-171. - Editora Positivo, 2009.
Reflexão
O que essa leitura te fez sentir? Ela sempre me ajuda a olhar para a vida com mais simplicidade.
Um abraço e até a edição de domingo!
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